A primeira visita ao dentista reserva muitas boas surpresas e novidades que normalmente encantam os pequenos pacientes, é a oportunidade que temos para adquirir a confiança da criança. É feita na primeira consulta ao dentista a apresentação do ambiente odontológico da forma mais acolhedora possível, visando estimular a curiosidade da criança, sempre com explicações coerentes à sua faixa etária. A reação de cada um irá depender de suas experiências anteriores com tratamentos médicos ou outras áreas da saúde. Quanto antes a criança fizer a primeira consulta ao dentista, mais facilmente irá incorporar hábitos saudáveis em seu dia a dia, prevenindo a instalação dos males bucais. O acompanhamento profissional é importante para que a dentição se desenvolva de forma saudável, já que o diagnóstico precoce de qualquer anomalia poderá favorecer o tratamento e consequentemente, os resultados. Se possível, não deixe que a primeira consulta ao dentista se dê em um momento de dor e emergência como por exemplo em casos de quedas que ocasionam traumas em regiões de boca e dentes ou em casos onde a criança já apresenta abcessos dentários causados por cáries que evoluíram sem controle e provocaram a necrose da polpa do dente (“nervo” do dente). Nesses casos a criança constrói suas primeiras impressões de forma negativa!

Dica Valiosa:

“Antes da primeira consulta ao dentista apenas avise a criança que ela irá conhecer um amigo que ajudará a cuidar de seus dentes. Deixe o resto por conta do profissional, que certamente saberá lidar com a curiosidade e os medos da criança”. Temos o objetivo de proporcionar a esse “pequenino” paciente a melhor experiência possível para que ele não venha a desenvolver traumas psicológicos e com isso, deixar de cuidar de sua Saúde Bucal na fase adulta por “medo de dentista”!

A primeira visita de uma criança ao dentista, segundo a Academia Americana de Odontologia, não deve ultrapassar os 12 meses de vida. Mas antes disso os pais precisam ter informações essenciais para o bom funcionamento das arcadas dentárias, além da saúde dos dentes propriamente ditos. Os problemas bucais relacionados ao formato das arcadas e posicionamento dos dentes, assim como as funções de mastigar, deglutir, falar e respirar podem ser melhorados, corrigidos e na maioria das vezes evitados.

Todo processo de educação e de formação de uma criança, em todos os sentidos, exige esforço por parte dos pais, pois demanda TEMPO e ENERGIA. Para se conquistar uma ótima saúde bucal, o processo exige também muita paciência e persistência, mas os benefícios são recompensadores!

Nesta época em que vivemos, na qual a estética está tão valorizada, vale lembrar que num sorriso, o saudável é o BELO! Não há ouro, pérola ou pedra preciosa que substitua um dente perdido! Essa nossa primeira participação na Revista Que Passa, dá início a uma série de publicações sobre Odontologia Infantil onde abordaremos temas como Odontologia Materno Infantil, Higiene Bucal e Métodos Preventivos, Traumatismos, Hábitos Bucais nocivos e DTM na Infância entre outros!

Quero chamar a atenção para o fato de que toda a orientação passada não pretende ser a verdade absoluta, pois devemos levar em conta a individualidade e realidade de cada criança diante dos diferentes padrões culturais e hábitos familiares!

O respeito pela criança é fundamental!!!

(Fonte: Corrêa M.S.N.P., et al.)